sábado, 18 de outubro de 2014

O medo. Sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa. Sinto-o enquanto o tempo passa, e nada muda. Inspiro. Carrego comigo o pensamento de que um dia fomos felizes quando me olhas todos os dias no espelho; reflexo do alguém que tinha vontade de sair pelo mundo, viver. Hoje não passamos de um reflexo desfocado onde nem nos conseguimos ver. Expiro, quase sem fôlego, na esperança de que no dia seguinte o nosso reflexo seja nítido. E quando esse dia chegar, aí sim, sei que tudo voltou ao normal. Dorme. Sonha connosco e recorda os tempos de Inverno, enrolados no cobertor, embalados pela nossa música favorita. Amanha é um novo dia.

domingo, 16 de janeiro de 2011





Trouxe pouco,
Levo menos,
E a distância até ao fundo é tão pequena,
No fundo, é tão pequena,
A queda.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010




"Onde há fumo, há fogo!" , costumam dizer.
Todavia, não é o caso. É o fumo do cigarro que se vai queimando, e com ele queimam-se também as esperanças. Exagero? Talvez!
Mas, também é verdade que estou aqui a deixá-lo queimar sem nada poder fazer.
Já perdi a conta dos cigarros que se queimaram e que, logo a seguir se apagaram. Não quero que este queime mais, muito menos que se apague.

Quero-te mais que tudo.